O Brasil conquistou a 69ª posição entre 134 países no ranking de competitividade global de talentos de 2023, divulgado pela escola de negócios francesa Insead. Embora seja um avanço em comparação com a 73ª colocação em 2022, o país ainda enfrenta desafios significativos na formação, atração e retenção de talentos, conforme apontou o brasileiro Felipe Monteiro, coautor do relatório e diretor acadêmico do Índice Global de Competitividade de Talentos (GTCI).
A melhora na classificação do Brasil deve-se, principalmente, a uma ascensão de 18 posições no pilar do índice conhecido como “enable”, que avalia a capacidade de habilitar pessoas para ambientes de negócios. Esse avanço pode ser atribuído à crescente importância global do Brasil na economia digital.
O GTCI, principal relatório anual de benchmarking de talentos, analisa como os países desenvolvem, atraem e retêm profissionais. Na edição de 2023, Suíça, Cingapura e Estados Unidos lideram o ranking, com países europeus dominando as primeiras posições.
Ao observar a última década, o estudo revela a estabilidade dos países europeus no topo do ranking. O Brasil está fazendo progressos, mas ainda precisa se equiparar aos países mais bem posicionados. Monteiro destaca a necessidade de os empregadores brasileiros oferecerem qualidade de vida, propósitos significativos nas carreiras e flexibilidade no trabalho para atrair e reter talentos.
Além disso, o estudo aponta que as novas gerações estão moldando o mercado de trabalho, buscando ocupações com propósito e equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. A inteligência artificial também está remodelando o ambiente de trabalho, afetando trabalhadores de todos os níveis de qualificação.
Embora o Brasil tenha progredido, é vital que o país continue a investir em estratégias para impulsionar sua competitividade global em talentos e permanecer atento às tendências do mercado de trabalho em constante evolução.